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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Coesões - Conectores

Aditivas (expressam adição, sequencia de pensamento)

e, nem, mas também, como também...

A doença vem a pé e volta a cavalo.
As pessoas não se mexiam nem falavam.
Os livros não somente instruem, mas também divertem.
Ela não somente se orgulhava de seu marido, como também o amava muito.


Adversativas (exprimem contraste, oposição, ressalva)

mas, porém, no entanto, entretanto, contudo.

A espada vence, mas não convence.
Tens razão, contudo não te deixes exaltar.
Havia muito serviço, no entanto poucos ajudaram.
Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava.


Alternativas (exprimem alternância, exclusão)

ou... ou, ora... ora

Os preços ora sobem, ora baixam.
Ou você estuda ou corto-lhe mesada.


Conclusivas (expressam conclusão, dedução, conseqüência)

pois, portanto, por isso. Logo...

Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
Raimundo é home são, portanto deve trabalhar
Quero ser alguém na vida, por isso preciso estudar.
Vives mentindo; logo, não mereces fé.


Explicativas (exprimem explicação motivo razão)

que, pois, porque...

Leve-lhe flores, que ela aniversária amanha.
Saia daí, pois está chovendo!
De certo alguém o agrediu, porque o nariz dele sangra.


Fonte:
CEGALLA, Domingos Paschoal. Minigramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 1ª Edição: 2004, p. 282-3

Semiótica – Signos

De acordo com Pierce (cf. SANTAELLA, 2006:61-7), os signos são classificados de acordo com as seguintes relações:

A) Relação do signo com ele mesmo;
B) Relação do signo com o objeto;
C) Relação do signo com ele interpretante;

Ícone ou signo icônico
Quando o signo mantém uma relação de semelhança com o objeto, pois preserva algumas qualidades do mesmo.
Ex.: Fotografia, escultura e pintura

Índice ou signo indicial
Quando o signo matem uma provável relação com o objeto. Esta relação é a de causa e conseqüência. O signo indicial aponta, indica algo que o causou/ motivou.
Ex.: Pegadas; relâmpago; bocejo

Símbolo ou signo simbólico
Quando o signo não tem relação “natural” com o objeto. É uma relação arbitrária, cultural, e que só existe na mente das pessoas.
Ex.: Pomba, símbolo da paz;
Fonte:
SANTANAELLA, Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense. 26ª edição, 2007

Funções da linguagem

Funções da Linguagem

1. Função referencial ou denotativa:
Referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata (sobre o que falar). A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele (informar). Essa função predomina nos textos de caráter científico e é privilegiado nos textos jornalísticos.

Geralmente na 3ª pessoa.

Ex.: O transito está parado

2. Função emotiva ou expressiva:
Através dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do emissor.

Geralmente na 1ª pessoa.

Ex.: Eu penso que você é bem resolvido.
3. Função conativa ou apelativa:
Essa função procura organizar o texto de forma a que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.

Idéia de ordem, pois pretende influenciar o comportamento do receptor.
Verbo no imperativo: Faça, compre, beba, ligue, leve.

Ex.: Beba Coca-Cola!
4. Função fática:
A palavra fático significa “ruído, rumor”. Foi utilizada inicialmente para designar certas formas que se usam para chamar a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei, alô). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência. Também é utilizada para confirmar a mensagem (..., entendeu?; ..., correto?)

Ex.: Psiu.
O senhor pretende pagar parcelado em duas vezes, correto?
5. Função metalinguística:
Quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalinguística.

É quando a linguagem é usada para explicar a própria linguagem.

Ex.: Rebuscado quer dizer complexo.
6. Função poética:
Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos publicitários.
Ex.: “A cada canto um grade conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro” (Gregório de Matos)